quinta-feira, 27 de março de 2014

Gostos adquiridos ou Coisas que provam que estou a ficar velho




Já andava desconfiado, havia uma série de sinais no ar que se acumulavam. Outro dia passei uns minutos a pensar no assunto e cheguei a uma conclusão que me deixou ligeiramente preocupado: estou a ficar velho. Ou, melhor dizendo: estou a "sentir-me" mais velho.
Desde usar cada vez mais a expressão "Eu sou do tempo..." ou "Ainda me lembro...", passando por uma crescente, e preocupante, paciência para assistir a programas de debate futebolístico, até ao ponto de já não ter pachorra para jogar jogos, algo que sempre adorei fazer. Dói-me um joelho. E começo a gostar de me ver de barba. E, sinal de demência crescente, ando viciado em documentários. Daqui a nada podem ver-me a dar de comer aos pombos num banco de jardim perto de vocês ou a mexer e remexer nos trocos da carteira até encontrar aquele cêntimo que a menina do Pingo Doce perguntou se eu tinha.
Deixo-vos aqui alguns exemplos daquilo que a PDI me anda a fazer:

Sim, ver vídeos com as aberturas dos desenhos animados da nossa altura é um dos efeitos da PDI.




Quando me apercebi do quanto gosto desta música comecei a perceber que a partir desse dia a minha vida seria sempre a descer... 


Admito que nunca fui dos maiores fãs do Scorcese. Álem do "Taxi Driver" e do "Touro Enraivecido" nunca tinha achado muita piada aos outros filmes dele. Agora, passados uns anos e depois de ver o "Lobo de Wall Street" percebo que fiquei a perder e faço questão de rever a sua obra, certamente com muito gosto.
Quanto ao Di Caprio também só me convenceu há pouco tempo, principalmente quando descobri que foi ele a razão da história do "Lobo de Wall Street", que eu já conhecia, chegar ao grande ecrã.





Sempre gostei disto, nem sei o que está a fazer nesta lista:




Desde à uns tempos que não consigo passar pela RTP Memória e não parar durante uns minutos a rever os jogos "do meu tempo". 



Mais um sinal: falta de memória. Esqueci-me de postar este cromo, que agora já não me irrita. Não queria acabar o post desta forma mas não tenho pachorra para editar isto tudo.




( e sim, a falta de pachorra é outro sinal alarmante)



Estas são apenas algumas das muitas "rugas" que denunciam a minha irreversível e detestante entrada na idade adulta. Idade adulta. Mas que raio há de adulto nisto tudo? 

sexta-feira, 7 de março de 2014

Post Haiku

sol brilha assim
sombras que se anulam
ar comprimido

Banda Sonora

 


7horse 
 Meth Lab Zoso Sticker

Descobri estes dois senhores através do "Wolf of Wall Street". Tenho por hábito usar as bandas sonoras dos filmes que gosto para descobrir música nova e neste caso valeu a pena perder cinco minutos no Youtube a ouvi-los. Ganhei uma banda sonora para estes dias e palpita-me que esta música é daquelas que vai ganhar lugar cativo nas minhas playlists de bolso.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Stand up post


Descobri o Bill Hicks através duma pesquisa sobre os Tool, andava a matar o tempo e a curiosidade a ouvir bom rock e a tentar perceber de onde vem o génio por detrás daquela musica tão moderna e provocante. Às tantas encontro uma referência a um artista de stand up já falecido que influênciou muita da filosofia rebelde e política que eu adoro nas letras dos Tool. 
Cliquei no link do nome do senhor e pronto, a minha vida mudou um bocadinho para melhor.

Bill Hicks está para o stand up como o Rui Costa esteve para o meio-campo do Benfica. É uma das bases estruturantes onde o que veio a seguir assenta, é o capitão da equipa dos free thinkers, o que quer que isso seja.
É um dos líderes da comédia mordaz, provocante e que obriga o seu público a, Deus nos livre!, pensar. Se está à espera de imitações e piadas do tipo "já vos aconteceu" então mudem de canal. O Bill prefere dar-nos socos no estômago e depois fazer-nos rir disso. Esperem palavrões, imagens explícitamente sexuais e gritos e cigarros. Esperem o inesperado.
20 anos depois o seu humor continua a ser moderno e essa é a prova do seu valor. Formou uma geração de artistas e pensadores no sentido em que o seu humor força os nossos cérebros gordos e incapazes de sair do sofá a levantar o cú e a brigar com ele. E o melhor de tudo é que depois da porrada acabamos sempre a rir.

Post Remake


Um dos melhores remakes que já vi está a passar agora no canal Hollywood. Sem grande inspiração para escrever algo à altura daquilo que sinto pelo filme basta-me dizer que o personagem do Cage, o tenente Terence McDonagh, é o irmão mais velho que nunca tive (e que muita falta me fez)...

Coisas para fazer antes de morrer ( ou para morrer a fazê-las )

 


quarta-feira, 5 de março de 2014

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Passa o comando, p.f.

Admiro profundamente um povo que luta nas ruas e que dá a vida por aquilo em que acredita. Gente que acordou. Gente sem medo. Gente com tomates.

Olho para a apatia que reina neste Portugal pequenino e amedontrado perante os argumentos de uma Troika e de um governo que se limitam a usar essa apatia contra nós. Se na Ucrânia a violência é a das balas e dos bastões, por cá, reina a violência da ignorância e do medo. 

Por cá também se morre, embora mais devagar e sem dor, no conforto do sofá...

domingo, 16 de fevereiro de 2014

A partir daqui é sempre a descer...



AVISO:
 Tal como tantos outros blogs criados por mim
este também:
- foi criado por impulso
- vai durar pouco tempo
-  sabe-me bem como uma chávena de café quentinho
- e um cigarro
- está condenado à nascença a uma vida curta
- dará um belo cadáver
Assim, caros leitores, aproveitem enquanto podem
que eu vou ali e já venho...